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05 Jul 24

SINDIPETRO AL/SE SE MANIFESTA CONTRÁRIO AO RESULTADO DA LICITAÇÃO PARA AFRETAMENTO DE FPSOS EM SERGIPE

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Sindipetro AL/SE se manifesta contrário ao resultado da licitação para afretamento de FPSOs em Sergipe

O Sindipetro AL/SE declara sua total insatisfação e posicionamento contrário ao resultado da recente licitação para os afretamentos dos navios FPSO (Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência) destinados à exploração de gás em águas profundas sergipanas. A Petrobras, que promoveu a licitação, recebeu propostas de apenas uma empresa, a IFM Construções e Montagens Industriais, que ofereceu R$ 49,4 bilhões (US$ 9,16 bilhões) para cada um dos contratos de 21 anos referentes às unidades SEAP I e SEAP II.

É importante destacar que a IFM não possui experiência comprovada em afretamento de FPSOs, o que, na visão do Sindipetro AL/SE, compromete gravemente a viabilidade e segurança do projeto. O sindicato ressalta que a Petrobras já havia rejeitado propostas semelhantes no passado devido a condições não conformes com o regulamento da licitação e preços fora dos parâmetros esperados. A experiência necessária para a qualificação inclui a construção de pelo menos um FPSO com capacidade de 20 mil toneladas, um requisito que a IFM não atende.

A licitação, lançada em abril de 2023, exigia FPSOs com capacidade de produzir 120 mil barris por dia de petróleo e 10-12 milhões de metros cúbicos por dia de gás cada, com um conteúdo local mínimo de 40% para SEAP I e 30% para SEAP II. A falta de qualificação da IFM é um fator de grande preocupação para o sindicato, que vê essa situação como um risco elevado para um projeto de tal magnitude e importância.

Em maio de 2022, uma tentativa anterior de contratação dessas unidades foi cancelada após a desclassificação da empresa Ocyan pela Petrobras, que apontou condições não previstas no regulamento e preços incompatíveis. Além disso, apesar da aprovação do Fundo da Marinha Mercante (FMM) de um financiamento prioritário de R$ 8,5 bilhões para a construção dos FPSOs, a sustentabilidade econômica e a capacidade técnica do projeto permanecem em xeque.

O Sindipetro AL/SE reafirma que a escolha de uma empresa sem a devida qualificação técnica e estrutura econômica representa um retrocesso e um risco inaceitável para a indústria de petróleo e gás do Brasil. A entidade solicita à Petrobras que reavalie o resultado da licitação, mantendo os padrões de segurança e competência que sempre nortearam seus projetos, e que a própria Petrobras inicie a construção dos FPSOs.

Sindipetro AL/SE
Unido pela Petrobras, pelo progresso de Sergipe, pelo bem de todos nós.